O corpo mente?

Ouvimos que o corpo não mente, e não mente mesmo. Palavras podem disfarçar o que sentimos, mas Reich nos mostrou que nosso corpo guarda nossa história de vida. Outra expressão conhecida e facilmente explicada é quando a boca cala, o corpo fala. O não dito se manifesta em nossos corpos: o que não conseguimos engolir ou digerir pode dar origem a vômitos ou dores no estômago, a raiva contida intoxica o fígado… E muito mais poderia ser dito. 
Muitos de nós, especialmente as mulheres, têm o hábito de engolir os aborrecimentos para não causar discórdias na família ou nas relações, não magoar, não ferir, manter a “harmonia”. Mas para onde vão esses sentimentos não ditos, onde se escondem as dores que nos ferem lá no fundo? Um incômodo aqui, uma mágoa ali, um desaforo acolá… todos ficam registrados no corpo, se tornam bloqueios se deles não cuidarmos, impedindo o fluxo de energia vital.
Difícil falar na hora? Conta até dez. Talvez até vinte. Fala depois que a respiração acalmar, depois de um banho pra relaxar, quando não houver plateia, quando os ânimos se acalmarem. Mas fale… Fale sem agredir, fale com quem precisa ouvir, ou, pelo menos, fale com quem possa e saiba escutar.

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